domingo, 19 de junho de 2011

Jardim Paraná: em busca do valor justo as suas moradias

Cravada aos pés da Serra da Cantareira, a quadra onde aconteceu a reunião do Jardim  Paraná e do Jardim Vista Alegre, deixa á vista a extrema carência da população, ali situada.

Inacabada e com telhado de zinco furado, ela é o ponto de encontro daquela população farta de determinação em defender os seus direitos.

A população do Jardim Paraná esta em permanente mobilização em defesa do seu direito a moradia


Cheia de orgulho de sua comunidade do Jardim Vista Alegre, Isa Vilas Verde, em audiência pública na sexta-feira (17/6), foi logo dizendo que os moradores são proprietários de suas casas. “Há 26 anos compramos a nossa área  e lutamos por benfeitorias, como água encanada,  linhas de ônibus e se tivermos que sair queremos a indenização no valor justo de mercado.” informou a líder comunitária.

O deputado Luiz Claudio Marcolino, narrou aos moradores os passos do processo de tentativas de diálogo e negociação com a Dersa, antes nesta reunião. “Nós procuramos o Ministério dos Transportes e tivemos a sinalização da nossa presidenta Dilma que os R$ 2 bilhões, de repasse do governo federal, para compor os custos da obra, só será liberado quando a população tiver a garantia de suas moradias, só então, a Dersa resolveu sentar para conversar, conosco e com a população ”destacou.

A não realização das obras de compensação e inclusive a ausência de barreira sonora em outros trechos do Rodoanel, foram lembrados por Marcolino que frisou a necessidade dos moradores manterem a mobilização e a união e não aceitarem nenhuma negociação individual, seja com a Dersa ou com a prefeitura e explicou – “ Recebemos denuncias de que a prefeitura tem abordados famílias, com a justificativa da obra do Rodoanel vai derrubar a sua moradia e está havendo coação para desalojar principalmente os moradores que não possuem documentos ou estão em área irregulares.” 

Os argumentos de Marcolino foram reforçados pelo vereador Francisco Chagas que a Dersa tem que apontar para aonde vai levar as famílias atingidas pelas obras na região, ou numa área mais próxima do local onde moravam.

“Nós estamos aqui para mediar a negociação com a Dersa e com a prefeitura e vamos exigir a garantia de moradia e a participação da comunidade em todo o processo, explicou Simão Pedro, quanto ao papel dos parlamentares nas audiências e discussões.

“O povo bem informado estará mais preparado para exigir os seus direitos, ”ponderou.

A possibilidade da rodovia depois de pronta ser pedagiada e ser mais uma fonte de recursos para o Estado foi lembrada pelos moradores, que receberam apoio de lideranças de moradia atuam  nos bairros viszinhos da zona norte da capital.  

Tairton Vieira Santos, que também representa a população local, entregou aos deputados um documento que atribuiu a autoria ao Centro de Estudos da USP, produzido por Cecília Maria de Moraes Machado Angelini.

Uma equipe de funcionários da Dersa acompanhou a reunião, fez anotações e repetiu os  mesmos argumentos das reuniões anteriores. Hermes ressaltou a necessidade da obra para tirar o trânsito de caminhões do centro da capital e informou que a obra ainda não tem licença ambiental e que a empresa, não está abordando nenhum morador que é a Dersa que fará as desapropriações a não a prefeitura.

As lideranças do Jardim Paraná também foram assertivas em afirmar que não aceitarão bolsa aluguel e Isa Vilas Verdes, reforçou a decisão de sua comunidade. “Nós queremos receber o valor real de nossas moradias. Sabemos o preço do tijolo, do cimento e aqui todo mundo carregou laje e teve calos nas mãos, somos uma família, conhecemos cada criança, avó, neto, pai, mãe todos. Aqui pelo projeto do governo vai passar um túnel que vai atingir parte desta quadra, nós queremos refazê-la com cozinha comunitária, área para cursos para os nossos jovens, “disse vislumbrando dias melhores para seu bairro.

Do PT ALESP


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