sexta-feira, 6 de maio de 2011

PARQUE DE TAIPAS-(PARTE 2) INDIGNAÇÃO DA POPULAÇÃO COM A DERSA 03/05/2011

PARQUE DE TAIPAS-(PARTE 1) INDIGNAÇÃO DA POPULAÇÃO COM A DERSA 03/05/2011

PARQUE DE TAIPAS- Elisa(blog do Rodoanel) Audiência da Dersa 03/04/2011

Discurso inflamado de Sonia em audiência do DERSA

Após pressão, Dersa fará audiências nos bairros atingidos pelas obras



Marcada por contradições, desinformações e respostas evasivas, a audiência para a licitação do trecho norte do Rodoanel, ocorrida, terça-feira (3/5), no Instituto de Engenharia, corre o risco de ser anulada. Isto porque, a obra ainda não tem licenciamento ambiental.

A reunião programada para ocorrer com a participação de representantes do governo estadual, por meio do Dersa, do governo federal representado pelo  Dnit, representantes das empreiteiras, deputados estaduais, acabou sendo tomada por cerca de 300 moradores dos bairros que serão atingidos pela obra.

O grupo chegou logo no início da apresentação técnica dos engenheiros do Dersa e enfrentaram o primeiro impasse com impedimento inicial da entrada da população no auditório em que estava ocorrendo a audiência e, na sequência, após a mediação dos deputados do PT presentes na atividade, foi viabilizada a  participação dos moradores no debate, até então vetado pela direção do Dersa.

A seguir duas outras questões permearam o debate. Primeiro, a advogada Maria Cristina Grecco informou aos participantes que o Dersa havia se negado a receber ofício que requeria a anulação da audiência diante da ausência do licenciamento ambiental para a realização da obra. Após a interseção dos deputados petistas, Luiz Claudio Marcolino, Alencar Santana, José Zico Prado e Adriano Diogo, é que o presidente do Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, recebeu o documento.

Outro momento de tensão ocorreu quando um dos engenheiros do Dersa disse que a empresa tinha realizado estudo de oito traçados, mas que havia definido pelo modelo que atingirá cerca de 20 mil famílias.

Questionada, a direção do Dersa afirmou que a secretaria estadual do Meio Ambiente é quem será responsável pela escolha do traçado. Esta informação desencadeou manifestações de indignação entre os moradores e culminou em questionamentos dos parlamentares do PT.

Os deputados Luiz Claudio Marcolino e Alencar Santana foram contundentes ao inquirir o presidente do Dersa sobre os procedimentos da empresa, antes mesmo de obter o licenciamento ambiental. “Esta informação muda todo o cenário das discussões”, questionaram.

O presidente Laurence afirmou que era praxe tomar medidas prévias na execução de obra de grande porte como a construção da rodovia.

Impacto ambiental

O debate seguiu acalorado. Quando foram abordados os impactos ambientais, o Dersa defendeu que a empresa fará ações para mitigar os danos ambientais.
Ambientalistas, moradores e deputados contestaram, sustentando que na área há 13 nascentes, mata nativa e um dos últimos cinturões verdes cravado na Serra da Cantareira. “Não há compensação que recupere os danos, esta obra está indo na contramão de todas as diretrizes governamentais do século XXI”, ressaltou Adriano Diogo, acompanhado por um coro de manifestações.

Impactos sociais

Neste item, houve também flagrante contradição nos dados apresentados pelos agentes do governo. Inicialmente os engenheiros afirmaram que cerca de 1.300 famílias estavam na área prevista a sediar a obra. Com contestações, o número saltou para 2.700 moradias.

A Dersa informou que já havia firmado convênio com a CDHU para cadastrar as famílias atingidas e anunciou também a possibilidade da bolsa aluguel. De novo, os deputados questionaram a medida. “Se vocês não sabem ao certo quantas famílias serão realocadas e removidas, como podem firmar este convênio. Onde estão situados os lotes para a execução das futuras residências?”, indagaram.

A moradora de Taipas, Sonia Barbosa, disse que “bolsa aluguel é uma ilusão para nos deixar desabrigados. Queremos projeto digno de reassentamento no local em que moramos”.

Denúncia de extorsão

Vários moradores denunciaram que foram procurados por pessoas que se identificaram como agentes do Dersa e demarcaram as casas que serão desapropriadas. O presidente do Dersa negou que a empresa estivesse fazendo esta abordagem e recomendou que procurassem a polícia.

Conflito jurídico

O fato do Dersa está realizando procedimentos da obra sem a prévia licença ambiental foi foco do questionamento do deputado Alencar Santana, que mencionou o artigo 38 da lei de licitações 8666. Em resposta, o presidente da empresa alegou que como a obra receberá recursos internacionais do Banco Interamericano eles seguiram os parâmetros internacionais. Mas ao ser indagado sobre qual base foi elaborado o edital, Laurence informou que foi usada a lei 8666.

Audiências nos bairros

Acatando a proposta do deputado Luiz Claudio Marcolino, o Dersa e o Dnit se comprometeram em realizar audiências nos bairros que sofrerão com os impactos do traçado, defendido pelo Dersa.

Já o deputado Adriano Diogo, narrou a dimensão dos danos e prejuízos causados pelas obras da extensão da Jacu Pêssego e despejos arbitrários, patrocinados pelo Paulo Preto, diretor da Dersa na ocasião dos fatos.

Também esteve presente na audiência, o deputado Marco Aurélio.

Do PTALESP.ORG.BR

quinta-feira, 5 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Apresentação da DERSA sobre o Rodoanel Trecho Norte

Apresentação da DERSA sobre o Rodoanel trecho norte apresentada na audiência pública do dia 03/05/2011 como parte obrigatória do processo licitatório do empreendimento.

DERSA admite: no mínimo 2,7 mil pessoas perderão suas casas

DERSA admite: no mínimo 2,7 mil pessoas perderão suas casas. DERSA vai mudar o traçado. A mobilização, com esta vitória, tende a se intensificar.

DERSA admite: no mínimo 2,7 mil pessoas perderam suas casas

Matéria do Estadão de 04/05 sobre a mudança do traçado do Rodoanel trecho norte depois de meses de mobilização da população da região e entidades da sociedade civil.

Matéria do Estadão de 04/05 sobre a mudança do traçado do Rodoanel trecho norte

segunda-feira, 2 de maio de 2011

CHAMADA GERAL PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA DERSA

A audiência pública do Rodoanel trecho norte, será dia 03 de maio de 2011, no auditório do Instituto de Engenharia, à Av.Dr.Dante Pazzanese, 120 - Vila mariana - São Paulo, SP - às 17:00 horas.

Para especialistas, investimento em transporte público é solução para trânsito

A frota de veículos da cidade de São Paulo ultrapassou os 7 milhões em março deste ano, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Desse total, mais de 5 milhões são automóveis, contribuindo para aumentar o problema dos congestionamentos na capital.

Segundo o consultor de engenharia de tráfego e transportes Horácio Augusto Figueira, se todos esses carros, ônibus, motos e caminhões estivessem circulando ao mesmo tempo na capital paulista, não haveria espaço suficiente para que ficassem parados um atrás do outro nas vias.

Para resolver esse problema, que afeta a vida diária do paulistano, os especialistas consultados pela Agência Brasil afirmaram que é preciso uma mudança de foco do Poder Público nas três esferas de governo: deixar de investir em asfalto e no transporte individual e passar a concentrar esforços nos veículos de massa, principalmente nos de trilhos como metrôs e trens.

“Experiências em outras cidades mostraram que o único jeito é abrir espaço para infraestrutura de transporte coletivo. Não dá mais para a gente ocupar espaço na cidade com sistema viário, com rua e estacionamento, não tem mais espaço para expandir isso. A ocupação desses espaços por automóveis individuais otimiza pouco: um automóvel, carregando uma ou duas pessoas, ocupa muito espaço. Se aproveitar esse espaço para colocar um sistema de transporte coletivo, num espaço menor, vai ser transportada uma quantidade maior de gente”, explicou Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis.

Para tentar controlar o trânsito caótico da capital, a prefeitura de São Paulo apostou em um conjunto de medidas: a restrição de tráfego de caminhões e de ônibus fretados, implantação de motofaixas nos corredores da Avenida Sumaré e da Avenida Vergueiro, ampliação de ciclovias e ciclofaixas e até operações nos corredores de ônibus para aumentar a velocidade dos coletivos. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as medidas foram acertadas, já que “houve melhora significativa nos índices de lentidão”.

Também foram realizadas obras na Marginal Tietê e inaugurados dois trechos do Rodoanel, que contorna a capital, a região metropolitana e o entorno. Segundo a Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S.A, as obras de readequação e alargamento da Marginal Tietê foram iniciadas em 2009 e liberadas ao tráfego ao longo do ano e em 2010. Já o trecho sul do Rodoanel, sob concessão da SPMar, foi inaugurado em março de 2010, ao custo de R$ 5 bilhões, e liga a Rodovia Régis Bittencourt ao Sistema Anchieta/Imigrantes.

Segundo a SPMar, a média diária de veículos que trafegam pelo Rodoanel trecho sul é de 22 mil veículos por trecho, totalizando 44 mil. Já o trecho oeste do Rodoanel, administrado pela concessionária Rodoanel Oeste, que integra as rodovias Raposo Tavares, Castello Branco, Régis Bittencourt e o sistema Anhanguera/Bandeirantes, recebe cerca de 240 mil veículos por dia.

De acordo com a CET, as médias de lentidão registradas no segundo semestre de 2010, em comparação ao mesmo período do ano anterior, mostraram uma melhora de 22%, passando de 72,9 quilômetros para 56,9 quilômetros, das 7h às 20h. Com as restrições de caminhões, a Avenida Bandeirantes reduziu os congestionamentos em 69%, passando de 5,3 quilômetros para 1,6 quilômetro. Na Marginal Tietê, o ganho, segundo a CET, foi de 51%, passando de 18,4 quilômetros para 8,9 quilômetros.

“Mesmo com o aumento de 22,9% na frota registrada de veículos entre os anos de 2007 e 2010, os índices de lentidão no ano passado permaneceram abaixo dos níveis registrados em 2008 e 2009. Pela primeira vez desde 2007, a média anual de lentidão nos horários de pico da manhã e da tarde ficou abaixo da casa dos 100 quilômetros, registrando uma média de 99 quilômetros em 2010”, respondeu a CET à Agência Brasil.

Segundo o engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sergio Ejzenberg, o “remédio que se tem dado para a cidade não funciona”. “Quando se planta asfalto, se colhe congestionamento. Abrindo mais vias, mais se estimula o uso do automóvel”, disse Ejzenberg.

Para os três especialistas, passado praticamente um ano desde que foram entregues, as obras do Rodoanel e da Marginal Tietê já se mostram saturadas e insuficientes para conter o problema do trânsito. “Essas obras viárias na cidade foram todas inúteis. A Marginal Tietê, um ano depois, já voltou a ter congestionamento”, disse Figueira. “Se tivéssemos dobrado a nossa linha de metrô, em vez de investir no Rodoanel ou em asfalto, isso teria feito uma diferença enorme na qualidade de vida das pessoas”, ressaltou Ejzenberg.

Concentrar esforços na construção ou ampliação de vias é um “erro estratégico, um viés antissocial e antidemocrático”, afirmou Figueira. E o problema, segundo ele, é que esse modelo observado na capital, que prioriza o transporte individual, está se “replicando” em todas as cidades do país. “Todas as cidades brasileiras vão entrar em colapso nos próximos dez anos se mantivermos esse mesmo modelo do automóvel”, disse.

Uma das soluções, segundo ele, seria o Poder Público investir a curto prazo no transporte de ônibus, ampliando os corredores e melhorando o serviço, e, a longo prazo, em metrôs e trens.

“Se houver alternativas, as pessoas deixam de utilizar o veículo porque o custo é muito grande: tem de colocar capital naquele bem que vai se depreciar; gasta-se combustível, que está muito caro; gasta-se estacionamento; corre-se o risco de receber multa e perde-se o tempo de deslocamento sem poder atender o telefone, fazer alguma coisa. Ao passo que se estivesse num transporte de massa digno, poderia aproveitar o tempo de deslocamento para ler um jornal, estudar, se atualizar e até dormir um pouquinho”, afirmou Ejzenberg.

Para que as pessoas sejam estimuladas a deixar o carro em casa, optando pela utilização do transporte público, Nakano afirma que a primeira necessidade é ampliar a oferta, fazendo com que ele atinja todos os pontos da cidade. O transporte também precisa ser frequente, confiável, confortável e estar integrado com as demais redes e linhas. Outra ideia defendida pelo arquiteto é a criação do pedágio urbano, cobrado pelo uso do veículo que circule, por exemplo, na área central da cidade nos horários de pico. “Esse dinheiro que será arrecadado é importante que seja convertido para investimentos no transporte público, alimentando investimentos de expansão da oferta”, ressaltou.

Mas os pedágios só podem ser implantados, segundo Nakano, na medida em que todas as regiões de São Paulo estiverem conectadas com o transporte coletivo e que as oportunidades de emprego migrem do centro da capital para as áreas mais periféricas.

Nakano acredita que os canteiros das principais avenidas da capital poderão ser utilizados para a instalação de monotrilhos e que a cidade deve investir também no transporte de motocicletas e bicicletas como uma alternativa de transporte, desde que não fiquem circulando entre os carros, o que provoca conflitos e acidentes.

Segundo Ejzenberg, São Paulo paga um preço muito alto pelos congestionamentos, o que já começou a provocar uma mudança de hábitos na população e nas empresas, que preferem perder clientes distantes de seu raio de atuação a pagar um preço alto pelo deslocamento. “São Paulo está perdendo oportunidades de negócio. A capital está deixando de ser, a longo prazo, o motor nacional porque não anda. O custo indireto do congestionamento é a poluição e a perda da qualidade de vida, que se refletem em baixa produtividade”, afirmou.

Da Agência Brasil via Diário de Pernambuco

Mais uma dica da Elisa

domingo, 1 de maio de 2011

Moradores criticam obra de passarela

"Acabou nosso sossego." É assim que os moradores dos bairros do entorno do Trecho Sul do Rodoanel, em Santo André, resumem a vida que levam depois que o complexo foi inaugurado. Moradores do bairro Clube de Campo reclamam que, além da poeira e das rachaduras nas casas por conta das máquinas pesadas usadas na construção, agora eles não dormem com o barulho dos caminhões que transitam na via.

Como o bairro atualmente está separado em duas partes pela rodovia, para chegar ao outro lado os moradores costumam ir por baixo da via, por meio de uma alça construída para a passagem de carros. É ali também que está situado o ponto de ônibus mais próximo.

Na noite de hoje e início da manhã de amanhã as proximidades entre o Km 83 e o Km 84 do Rodoanel ficarão interditadas para lançamento das duas últimas vigas da construção de uma passarela que ligará as duas partes do bairro. Segundo trabalhadores da obra ouvidos pela equipe do Diário, o serviço deverá ser concluído dentro de aproximadamente dois meses.

Para os moradores, a passarela não deve amenizar em quase nada suas dificuldades atuais. Por ser um trecho mal iluminado e que deverá ficar encoberto pelos morros da margem da pista, os moradores continuarão optando pela passagem por baixo da rodovia, porque acreditam que a parte superior deverá ser mal iluminada e insegura. "Pelo menos ali (por baixo da pista) tem movimentação de carros até tarde da noite", comentou o vigilante Ubiratan Coutinho, 28 anos.

O diretor executivo da SPMar, concessionária que trabalhará com a Dersa na construção da passarela, Marcelo Afonseca, disse que a obra deverá seguir um padrão e, por isso, contar apenas com grades de proteção. Não estão previstos no projeto postes de iluminação.

"Vai ser mais um ponto de encontro de usuários de drogas", opinou uma moradora do bairro.

EXEMPLO

O SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) possui 60 passarelas nos 177 quilômetros de extensão. Em 2010, a concessionária registrou 82 atropelamentos em todo o SAI, resultando em 24 mortes. Nesses três primeiros meses do ano, foram dez atropelamentos com quatro mortes. "As ocorrências acontecem nas proximidades da zona urbana, sendo boa parte delas a menos de 200 metros de uma passarela", informou a Ecovias.

Fonte: DGABC

dica da companheira Elisa