quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dersa só entregou um parque, de sete, para compensação ambiental do Rodoanel Sul

Municípios cortados pelo Trecho Sul foram informados de que os parques seriam entregues pelo Dersa até o fim do ano passado. A empresa seria responsável por desapropriar as áreas, cercá-las e construir prédios e equipamentos necessários para depois entregá-los às prefeituras.

Para fazer a compensação ambiental pela obra do Trecho Sul do Rodoanel, sete parques foram previstos – Bororé, Varginha, Itaim, Jaceguava, Riacho Grande, Embu e Itapecerica. No entanto, após mais de um ano de funcionamento da rodovia, o Dersa (empresa ligado ao governo do Estado) entregou apenas um – Embu, em novembro de 2009.

Municípios cortados pelo Trecho Sul foram informados de que os parques seriam entregues pelo Dersa até o fim do ano passado. A empresa seria responsável por desapropriar as áreas, cercá-las e construir prédios e equipamentos necessários para depois entregá-los às prefeituras.

Até agora, apenas o parque de Embu foi repassado. Todos os outros ganharam novo prazo de entrega: o segundo semestre deste ano. Mas até a única unidade considerada pronta pelo Dersa está distante de se tornar parque. "O que se está chamando de parque na verdade é um terreno desapropriado e cercado, que era o combinado desde o início com a Dersa. O parque somos nós agora que vamos fazer", diz o prefeito de Embu, Chico Brito (PT).

O investimento da empresa ligada ao governo estadual nesse parque foi de R$ 27,5 milhões (R$ 27 milhões para desapropriação e o restante para cercar o terreno). A prefeitura elaborou um projeto de R$ 32 milhões. Um quarto desses recursos já foi obtido com o governo federal, o que possibilitou o início das obras.

Desapropriação

O maior problema para tirar os outros parques do papel envolve dificuldades para desapropriar terrenos. No caso dos parques do Rodoanel, no entanto, os municípios não aceitam terrenos com pendências. O resultado é que muitos já estão cercados e com portarias, mas na prática são terrenos abandonados e sem utilidade. O que era para ser um parque aberto à população ou unidade de conservação se torna local de mato alto e alvo de vândalos. "O novo prazo que nos deram é dezembro. Enquanto isso, a região sofre ações de vândalos, parte da cerca foi roubada", conta o consultor da prefeitura de São Bernardo Ronaldo Tonobohn.

Tantos entraves fizeram com que o própria Derso repensasse seu modelo de transferência de parques. A empresa afirma que, em empreendimentos futuros, como o Rodoanel Norte, vai destinar recursos para que a desapropriação seja feita pelas prefeituras. O Dersa informou que ainda não foi possível estimar os prejuízos financeiros com as ações dos vândalos. "Os custos estão sendo apurados por meio de levantamentos ."

*com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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